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Dinamarca irá devolver manto sagrado Tupinambá ao Brasil depois de mais de trezentos anos – @casaninjaamazonia

Parte da exibição etnográfica do Museu Nacional da Dinamarca, o manto é uma das apenas 11 peças semelhantes remanescentes. Todas as outras estão em instituições na Europa —cinco sob a guarda da associação nacional de museus dinamarqueses. Em Copenhague desde pelo menos 1699, está o manto feito de penas vermelhas de guará costuradas em uma malha por meio de uma técnica ancestral do povo tupinambá e vai ser devolvido ao Museu Nacional, no Rio de Janeiro, que deve abrigar a peça, sagrada para os indígenas.

“Não tem mineral, não tem fóssil, não tem artefato que consiga ser mais importante que esse manto. Ele representa as primeiras populações brasileiras, é um artefato de uma das primeiras populações brasileiras. E, diferentemente por exemplo das múmias dos egípcios, que são muitas, os mantos são poucos”,afirma o paleontólogo, diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner.

Além da devolução, fez parte das negociações entre os dois museus um acordo de cooperação com ênfase em pesquisas conjuntas e projetos voltados ao público, incluindo a digitalização da coleção brasileira atualmente exibida no Museu Nacional da Dinamarca.