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CARTA AOS MUSEUS DO BRASIL SOBRE A PRIMAVERA NOS MUSEUS LGBTQIA+

ENTENDEMOS SEU MEDO
Equipes dos museus do Brasil,
Foi com alegria que vimos que o Ibram lançou a Primavera nos
Museus com temática LGBT+ ao lado de indígenas e quilombolas.
Trata-se, ao nosso ver, de uma grande possibilidade de avanço nas
políticas públicas museológicas, uma vez que se refere a um conjunto de
populações vulneráveis que necessitam de atenção e são historicamente
invisibilizadas nos museus.
Sabemos, também, que muitos museus estão com medo de assumir
o tema LGBTQIA+, optando por não abordar o tema por temerem até
mesmo por sua segurança.
Entendemos perfeitamente o medo de vocês. É o mesmo que
experimentamos desde crianças, não apenas pela possibilidade real de
agressões físicas, como também as mais variadas formas de desqualificação,
difamação, detração, reprovação e humilhação que pessoas LGBTfóbicas
são capazes de fazer.
Mas as epistemologias LGBTQIA+ nos ensinam que sair do armário e
enfrentar essa gente é fundamental tanto para nossa sobrevivência, quanto
para a das pessoas que virão depois de nós, quem sabe a encontrar um país
mais justo a partir de cada ação como esta.
É nesses termos, portanto, que instamos os museus do Brasil a sair
do armário — ou melhor, da reserva técnica —, alguns com passos discretos,
outros causando, cada qual em seu tom e estratégia.
E contem com a Rede LGBTQIA+ de Memória e Museologia Social, que
há 13 anos reúne pessoas sérias que desenvolvem ações de combate à
LGBTfobia, racismo e elitismo nos museus e na Museologia.
Se precisar de ajuda, nos contate redememorialgbt@gmail.com
Uma ótima saída da reserva técnica para todes!


REDE LGBTQIA+ DE MEMÓRIA E MUSEOLOGIA SOCIAL