A Desgraça das Estátuas
"Da Revolução Francesa ao movimento Black Lives Matter, incluindo a queda do comunismo nos países orientais, as atrocidades dos Taliban, as revoltas da Primavera Árabe e o questionamento dos apoiantes da escravatura e do colonialismo, as sociedades continuaram a maltratar os estátuas de “grandes homens” que a História lhes legou.Estas degradações delineiam uma genealogia do protesto aliada a uma geografia das paixões dos cidadãos. O autor questiona aqui o lugar das estátuas no espaço público, as razões da sua veneração, bem como da sua rejeição, os conflitos de memória que geram, o amplo espectro de ações perpetradas contra elas (graffiti, embalagem, destruição, desmantelamento, transferências, etc.), bem como a dimensão simbólica destes “vandalismos” e a criação de eventos que agora são mediados e globalizados. Um ensaio de história cultural e social de grande relevância e com uma perspectiva transnacional que nos convida a refletir sobre o futuro destas figuras de um passado que já não passa."
La Disgrâce des Statues
“De la Révolution française jusqu’au mouvement Black Lives Matter, en passant par la chute du communisme dans les pays de l’Est, les exactions des talibans, les révoltes des Printemps arabes et la remise en question des partisans de l’esclavagisme et du colonialisme, les sociétés n’ont cessé de maltraiter les statues des « grands hommes » que l’Histoire leur avait léguées. Ces dégradations dessinent une généalogie de la contestation doublée d’une géographie des passions citoyennes.
L’auteur s’interroge ici sur la place des statues dans l’espace public, les motifs de leur vénération comme de leur rejet, les conflits de mémoire qu’elles engendrent, le large spectre des actions perpétrées contre elles (graffiti, empaquetage, destruction, déboulonnage, transferts…), ainsi que sur la dimension symbolique de ces « vandalismes » et la fabrique d’événements désormais médiatisés et mondialisés.
Un essai d’histoire culturelle et sociale d’une actualité brûlante et à la perspective transnationale qui nous invite à réfléchir à l’avenir de ces figures d’un passé qui ne passe plus.”