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Essa semana assumi a direção do MAC-USP ao lado de Esther Hamburger. Muito honrados pela confiança do time da casa e de seus conselheiros, e animados com o novo desafio. O MAC não é só um museu universitário digno do nome, mas um acervo de arte, historia e memória precioso. Desde 1963, o zelo apaixonado de seus professores, funcionários e dirigentes fez de um acervo inicialmente privado um polo público de referência na confecção, estudo, preservação e extroversão de coleções de arte em toda a América Latina. Pode soar um tanto pretensioso, mas não tínhamos como nos abster da proposta de nos apresentarmos. Passada uma semana, só tenho a dizer que a acolhida das/os colegas, sua seriedade e compromisso e a natureza das questões a enfrentar – sem dúvida melhoradas pela gestão de Ana Gonçalves Magalhães e Marta Bogea, que nos antecede – são um estímulo a mais.

Por outro lado, devo dizer que foi difícil deixar a Mariantonia que tanto me ensinou e que, ao lado da amiga irmã Ana Castro, minha colega na FAU, vinha dirigindo desde abril de 2022. A Mariantonia é e continuará sendo ao meu ver o coração ético, criativo, heroico da USP. Seus espaços, as histórias que abriga, as pessoas que por ela passaram, as realizações intelectuais, científicas, políticas e artísticas a que se associa são de uma força inesgotável. Foi uma honra enorme poder cultivá-las nos últimos anos. Foram tantos encontros, exposições, aulas, eventos coletivamente construídos. Aproveito pra agradecer aqui a todos os colaboradores de lá, seus funcionários, conselheiros, estagiários, bolsistas e usuários, muitos dos quais decisivos para a vida da instituição. Fico feliz em saber que Ana e o colega Ivo Giroto seguirão na condução de um órgão tão importante da USP, essa universidade linda, ainda que às vezes lenta em suas transformações, mas de tantas contribuições à sociedade, à cultura, ao Brasil. E ademais a minha universidade, a minha casa em São Paulo desde o primeiro dia em que aqui cheguei do Recife!